Estranho pensar que ontem recebi a seguinte notícia: "Veja se você realmente quer estar aqui".
Não foi uma demissão, mas entendo como um alerta.
Ou então foi novamente o meu chefe pedindo para eu ter uma atitude mais ativa.
As questões que ficam são:
1) Será que alguém superior ao meu chefe (no caso, o sócio) quer que eu saia e o meu chefe não me dispensa por dó? To cada vez mais confusa... Do nada eu mudo de sala (e eu ainda não sei se foi porque a moça do administrativo precisava de um lugar para sentar e ela não podia ficar em sala ou se era por merecimento), me falam que eu fui bem em uma reunião, mas também falam isso... Cada vez eu acho mais que se trata de ter espaço para mim na equipe, o que foi "prometido" depois que o cliente X saiu, mas em nenhum momento fizeram.
2)Será que vale a pena eu ficar pensando nestas coisas? Tipo, ok, mancaram comigo, mas não vale a pena eu ficar me martirizando. Preciso ir a luta, sabendo que sou uma boa advogada para o estágio que me encontro atualmente, e que não fiz nada de errado no escirtório.
3)Hoje eu pensei o seguinte: Vou procurar mesmo outro lugar que tenha efetivamente um lugar para mim. E é isso que vou fazer. De novo, chega de remoer.
4) Mas ainda assim, só a título de informação, o mais bizarro é o meu chefe falando que eu sou boa demais para a vaga. Tipo, como assim? Agora eu sou culpada por saber falar inglês - ou melhor falando, ser a única de uma equipe de mais de 30 pessoas que sabe falar - e por isso mereco ser dispensada do meu lugar? Isso é desculpinha, pelo amor!
sábado, 14 de novembro de 2015
domingo, 8 de novembro de 2015
Confusão
Engraçado. Passou uma semana e as coisas mudaram de maneira abrupta.
Conforme eu havia me manifestado antes, todos pareciam um bando de falsos. Honestamente, isso não mudou.
No entanto, vejo uma alteração na reação das pessoas e isso me causa muita dúvida. Ao mesmo tempo que levei uma bronca na penultima sexta-feira e estava crente que estava demitida, na última sexta me trocaram de lugar, o que me fez pensar que na realidade eu já tinha sido demitida e não tinham me avisado ou então que o meu PC tinha pifado... Mas na verdade me colocaram em um lugar melhor, ou seja, uma promoção. Vai entender.
Depois trago novas.
Conforme eu havia me manifestado antes, todos pareciam um bando de falsos. Honestamente, isso não mudou.
No entanto, vejo uma alteração na reação das pessoas e isso me causa muita dúvida. Ao mesmo tempo que levei uma bronca na penultima sexta-feira e estava crente que estava demitida, na última sexta me trocaram de lugar, o que me fez pensar que na realidade eu já tinha sido demitida e não tinham me avisado ou então que o meu PC tinha pifado... Mas na verdade me colocaram em um lugar melhor, ou seja, uma promoção. Vai entender.
Depois trago novas.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Confusão
Depois de tanto estresse, depois de refletir muito sobre o que iria falar, finalmente a terça pós-feriado chegou e conversei com o meu chefe a respeito dos recentes acontecimentos.
Eu já estava indo bem mal, crente que iria embora no fim da tarde ou qualquer coisa do gênero. No entanto, ele me disse que só deu um toque para eu ter uma atitude mais ativa frente a determinadas situações.
Não sei no que confio ou não. Tenho entrevistas e tenho medo de tomar qualquer decisão errada.
Eu já estava indo bem mal, crente que iria embora no fim da tarde ou qualquer coisa do gênero. No entanto, ele me disse que só deu um toque para eu ter uma atitude mais ativa frente a determinadas situações.
Não sei no que confio ou não. Tenho entrevistas e tenho medo de tomar qualquer decisão errada.
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Crescer é difícil, mas necessário
Me lembro que certa vez, quando era menor, uma amiga da minha mãe disse que era para aproveitar aquela fase, pois era bom ser criança. Naquele momento eu não tinha entendido exatamente o que ela quis dizer com aquilo, mas hoje faz total sentido.
Hoje eu vejo que me sinto como o Neo do Matrix. Tomei uma pílula e acordei no mundo real... No mundo em que as pessoas não se importam com as outras e, quando possível, fazem o possível para jogar elas no chão.
Pediram que eu fosse honestas no local aonde eu trabalhava. Pediram para eu falar quando não tivesse com o que trabalhar e pudesse ajudar em outra coisa. E, ingenuamente, o fiz. Pedia trabalho (e eu nunca fiz isso em nenhum outro lugar). Contudo, na última sexta-feira, me disseram que se sentiam desconfortáveis em me dar trabalho e que não confiavam no meu serviço. Disseram que quando eu pedia trabalho, ele se sentiam piores. Disseram que eu só ia falar com eles para marcar presença, porque de fato eu não tinha nada para fazer.
Contudo, se eu não tinha nada para fazer, é porque nunca me repassavam atividade. E não apenas isso: nunca fizeram o menor esforço em me passar qualquer coisa, muito embora o combinado fosse que quando a empresa X saísse do escritório, eles ao menos iriam tentar me encaixar com o cliente Y.
E ainda tiveram a cara de pau de dizer que eu sou muito qualificada para o trabalho que eu estava fazendo. Pera aí. Quem pode falar se eu sou demasiadamente qualificada para fazer essas determinadas atividades SOU EU. Se eu quero me subestimar, QUEM SOFRERÁ AS CONSEQUÊNCIAS SOU EU.
Se eu sou a única capacitada a falar inglês, EU DEVERIA CONTINUAR LÁ.
Não adianta usar o argumento reverso para tirar a sua dose de culpa.
Mas sabe, crescer também tem o seu lado bom. Agora eu sei quem eu não vou querer ser com os outros.
Hoje eu vejo que me sinto como o Neo do Matrix. Tomei uma pílula e acordei no mundo real... No mundo em que as pessoas não se importam com as outras e, quando possível, fazem o possível para jogar elas no chão.
Pediram que eu fosse honestas no local aonde eu trabalhava. Pediram para eu falar quando não tivesse com o que trabalhar e pudesse ajudar em outra coisa. E, ingenuamente, o fiz. Pedia trabalho (e eu nunca fiz isso em nenhum outro lugar). Contudo, na última sexta-feira, me disseram que se sentiam desconfortáveis em me dar trabalho e que não confiavam no meu serviço. Disseram que quando eu pedia trabalho, ele se sentiam piores. Disseram que eu só ia falar com eles para marcar presença, porque de fato eu não tinha nada para fazer.
Contudo, se eu não tinha nada para fazer, é porque nunca me repassavam atividade. E não apenas isso: nunca fizeram o menor esforço em me passar qualquer coisa, muito embora o combinado fosse que quando a empresa X saísse do escritório, eles ao menos iriam tentar me encaixar com o cliente Y.
E ainda tiveram a cara de pau de dizer que eu sou muito qualificada para o trabalho que eu estava fazendo. Pera aí. Quem pode falar se eu sou demasiadamente qualificada para fazer essas determinadas atividades SOU EU. Se eu quero me subestimar, QUEM SOFRERÁ AS CONSEQUÊNCIAS SOU EU.
Se eu sou a única capacitada a falar inglês, EU DEVERIA CONTINUAR LÁ.
Não adianta usar o argumento reverso para tirar a sua dose de culpa.
Mas sabe, crescer também tem o seu lado bom. Agora eu sei quem eu não vou querer ser com os outros.
Impressões do primeiro trabalho como advogada
Uau, quanto tempo passei sem vir aqui. Acho justo passar aqui para explicar o que tem acontecido na minha vida nos último meses...
Bom, conforme havia falado antes, eu estava a procura de um emprego, com as condições de salário na média, possibilidade de crescimento no local que eu estivesse e atividade envolvendo o DIREITO. Procurei por 5 meses, uma vez que eu tinha saído do meu último emprego em dezembro do ano passado.
Uma prima, que hoje ficou bem próxima de mim, me indicou para o escritório que ela trabalha. A princípio, pensei que jamais seria chamada, pois os entrevistadores (que posteriormente viriam a ser meus chefes) pouco perguntaram coisas para mim. Naquele dia, eu cheguei em casa muito mal, pois achei que aquela chance já tinha passado.
Me lembro, inclusive, que perguntei para a menina que tinha divulgado a vaga (que posteriormente viria sentar ao meu lado) sobre a vaga e ela me disse que ela já havia sido preenchida no mesmo dia. Ou seja, eu sequer tive chances de ser chamada para aquela vaga, mas ainda assim me chamaram para a entrevista em razão da consideração que o escritório tinha pela minha prima (Obs. Era a consideração do escritório pela minha prima e jamais pelo meu CV ter se destacado tanto assim... O meu chefe e ela não nem se conheciam antes de eu enviar o CV e eu havia mandado o meu CV antes e não tinha obtido qualquer resposta).
Pois bem, um tempão depois, me chamaram para a vaga. Me lembro que no primeiro dia fiquei bem nervosa, pois de cara me mandaram ir até Campinas...
Enfim, logo no começo, me informaram que eu iria trabalhar com uma empresa X (prefiro não divulgar o nome por aqui). O que era a princípio para ser uma tentativa de salvar este cliente X, que era bem nervoso e detalhista, acabou sendo o maior inferno, porque ele era migrado de uma outra equipe do escritório e que já não gostava do serviço prestado pelo escritório. Se não bastasse isso, eu descobri posteriormente que o cliente X já tinha fechado de ir a outro escritório grande antes mesmo de me oferecerem a vaga.
Passaram alguns meses desde que eu havia entrado no escritório e me ofereceram uma vaga em outro escritório que eu também tinha muito interesse em trabalhar. Logo neste período, eu sabia que o cliente X iria sair logo. Na minha ingenuidade, pensei: "vou ter uma conversa franca com o meu chefe e vou falar que recebi esta outra proposta, que o cliente X vai sair e que eu achava que não restaria lugar para mim no escritório quando ele saísse". Fiquei bem surpresa com o fato de o meu chefe nem ter ideia que o cliente x iria sair, mas ok, pelo menos o alertei. Com relação ao espaço e a vaga, ele disse que - diga-se que isto é óbvio - não poderia garantir nada para mim, mas que poderia fazer um esforço.
Agora, passados 3 meses desde esse evento, na última sexta ele vem me dizer que eu não tenho o perfil de trabalhar na equipe, seja porque não tenho o perfil de outro cliente, seja porque eu teria o perfil de consultivo.
Dai vem os meus primeiros questionamentos: não me lembro de quando realmente quiseram me integrar a equipe desse cliente, pois só me passavam planilhas, substabelecimentos e trabalhos administrativos. Eventualmente me passavam algumas peça maiores, mas sempre quando eu entregava, falavam que estava ótimo. Apenas em uma réplica eu fui bem mal e aparentemente isso foi motivo para toda essa situação, pois, segundo o meu chefe, "o meu rendimento caiu muito na últimas duas semanas". Não me lembro de tentarem abrir um espaço para mim, porque, afinal, a equipe já funcionava bem sem mim e seria um transtorno ter que rearrumar tudo só por minha causa (mas, calma, não tinham falado que fariam isso????).
E quem é o meu chefe para falar o que é melhor para mim? Pela nossa conversa, não entendi em algum momento que ele me conhecia, que ele me deu trabalho para ver como eu atuo... SÓ DEU PARA PERCEBER QUE ELE NEM SABE COM O QUE EU TRABALHO!!! Citei uma planilha e o cara nem sabia do que se tratava!! Absurdo!!
Enfim, depois de tudo isso, vou sair de lá, me sentindo LITERALMENTE traída pelo escritório e aprendendo a não confiar em qualquer um. Só irei pedir alguns dias para eu poder procurar um novo lugar.
Bom, conforme havia falado antes, eu estava a procura de um emprego, com as condições de salário na média, possibilidade de crescimento no local que eu estivesse e atividade envolvendo o DIREITO. Procurei por 5 meses, uma vez que eu tinha saído do meu último emprego em dezembro do ano passado.
Uma prima, que hoje ficou bem próxima de mim, me indicou para o escritório que ela trabalha. A princípio, pensei que jamais seria chamada, pois os entrevistadores (que posteriormente viriam a ser meus chefes) pouco perguntaram coisas para mim. Naquele dia, eu cheguei em casa muito mal, pois achei que aquela chance já tinha passado.
Me lembro, inclusive, que perguntei para a menina que tinha divulgado a vaga (que posteriormente viria sentar ao meu lado) sobre a vaga e ela me disse que ela já havia sido preenchida no mesmo dia. Ou seja, eu sequer tive chances de ser chamada para aquela vaga, mas ainda assim me chamaram para a entrevista em razão da consideração que o escritório tinha pela minha prima (Obs. Era a consideração do escritório pela minha prima e jamais pelo meu CV ter se destacado tanto assim... O meu chefe e ela não nem se conheciam antes de eu enviar o CV e eu havia mandado o meu CV antes e não tinha obtido qualquer resposta).
Pois bem, um tempão depois, me chamaram para a vaga. Me lembro que no primeiro dia fiquei bem nervosa, pois de cara me mandaram ir até Campinas...
Enfim, logo no começo, me informaram que eu iria trabalhar com uma empresa X (prefiro não divulgar o nome por aqui). O que era a princípio para ser uma tentativa de salvar este cliente X, que era bem nervoso e detalhista, acabou sendo o maior inferno, porque ele era migrado de uma outra equipe do escritório e que já não gostava do serviço prestado pelo escritório. Se não bastasse isso, eu descobri posteriormente que o cliente X já tinha fechado de ir a outro escritório grande antes mesmo de me oferecerem a vaga.
Passaram alguns meses desde que eu havia entrado no escritório e me ofereceram uma vaga em outro escritório que eu também tinha muito interesse em trabalhar. Logo neste período, eu sabia que o cliente X iria sair logo. Na minha ingenuidade, pensei: "vou ter uma conversa franca com o meu chefe e vou falar que recebi esta outra proposta, que o cliente X vai sair e que eu achava que não restaria lugar para mim no escritório quando ele saísse". Fiquei bem surpresa com o fato de o meu chefe nem ter ideia que o cliente x iria sair, mas ok, pelo menos o alertei. Com relação ao espaço e a vaga, ele disse que - diga-se que isto é óbvio - não poderia garantir nada para mim, mas que poderia fazer um esforço.
Agora, passados 3 meses desde esse evento, na última sexta ele vem me dizer que eu não tenho o perfil de trabalhar na equipe, seja porque não tenho o perfil de outro cliente, seja porque eu teria o perfil de consultivo.
Dai vem os meus primeiros questionamentos: não me lembro de quando realmente quiseram me integrar a equipe desse cliente, pois só me passavam planilhas, substabelecimentos e trabalhos administrativos. Eventualmente me passavam algumas peça maiores, mas sempre quando eu entregava, falavam que estava ótimo. Apenas em uma réplica eu fui bem mal e aparentemente isso foi motivo para toda essa situação, pois, segundo o meu chefe, "o meu rendimento caiu muito na últimas duas semanas". Não me lembro de tentarem abrir um espaço para mim, porque, afinal, a equipe já funcionava bem sem mim e seria um transtorno ter que rearrumar tudo só por minha causa (mas, calma, não tinham falado que fariam isso????).
E quem é o meu chefe para falar o que é melhor para mim? Pela nossa conversa, não entendi em algum momento que ele me conhecia, que ele me deu trabalho para ver como eu atuo... SÓ DEU PARA PERCEBER QUE ELE NEM SABE COM O QUE EU TRABALHO!!! Citei uma planilha e o cara nem sabia do que se tratava!! Absurdo!!
Enfim, depois de tudo isso, vou sair de lá, me sentindo LITERALMENTE traída pelo escritório e aprendendo a não confiar em qualquer um. Só irei pedir alguns dias para eu poder procurar um novo lugar.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
DIA 02 - CAFÉ DA MANHÃ NA EMPRESA
Boa tarde, pessoal.
Hoje resolvi falar sobre uma questão que fiquei pensando hoje. Essa questão é sobre a propaganda que as empresas fazem para te convencer a trabalhar lá.
Hoje eu fui no café da manhã para a apresentação do processo seletivo em uma grande empresa americana. Não sabia muito bem o que esperar, pois nunca tinha feito algo do gênero, mas, como estou em busca de OPORTUNIDADES QUE VALEM A PENA, resolvi ver do que se tratava.
A empresa era de consultoria (ok, isso eu já sabia), mas não era uma consultoria qualquer. Eles se diziam consultoria estratégica, como se isso fosse algo melhor. Chegando em casa, fui pesquisar do que se tratava e a informação esta a seguir. Não é um fonte extremamente confiável, mas foi a única conceituação que encontrei (http://consultoriaconceito.com.br/).
"A CONCEITO é uma empresa de Consultoria, Treinamento e Educação Corporativa, criada para atender às necessidades de empreendedores e empresas de qualquer segmento. Entendemos que é necessário instituir e desenvolver programas que integrem e desenvolvam as pessoas em sua plenitude, orientando-as e educando-as, visando o estímulo e o desenvolvimento de suas habilidades comportamentais e competências técnicas. Oferecemos palestras em temas relacionados a administração, planejamento estratégico, micro e pequenas empresas e empreendedorismo e intraempreendedorismo. O objetivo é orientar e capacitar as pessoas quanto aos conhecimentos e habilidades que se deve ter para viabilizar seu empreendimento, sua realização pessoal e profissional, bem como para que as empresas possam gerar resultados superiores e altamente eficazes, contribuindo para o crescimento e consolidação dos seus negócios."
Ou seja, ao meu ver, nada demais. Apenas uma forma de tentar se destacar em meio a tantas outras.
Mas, ok, a empresa buscou mostrar como é interessante trabalhar. Durante a apresentação, anotei alguns pontos, que são:
1) não ficar restrita a apenas uma área;
2) eu não trabalharia com direito, mas com algo parecido com engenharia ou adm (sério);
3) eles te enviam para o mundo todo, seja para trabalhar em unidades da empresa ao redor do mundo, seja para participar de seminários ou seja até para lazer;
4) eles tem pagam um mba internacional desde que você assine que irá ficar pelo menos 2 anos na empresa. Contudo, percebi que eles não são favoráveis ao mestrado acadêmico (coisa que eu to prestando e acho muito interessante);
5)o salário é aparentemente alto;
Minha dúvida é a seguinte. Ele falam tão bem de todas essas áreas e os benefícios aparentemente são excelentes. Mas, caramba, tem que ter alguma contraprestação. Não é possível que a empresa queira te pagar tantas coisas sem receber nada de volta.
Daí, comecei a notar outros pontos, quais sejam:
1)Uma das apresentadoras teve sair repentinamente do encontro. Porque?
2)Há pessoas que ficam 2 semanas sem voltar para a casa em outros países. Honestamente, eu acharia isso bem certo se a pessoa fosse para o Japão ou qualquer país bem longe. Mas, não. Aquelas pessoas foram para a Colômbia, aqui do lado. E a recrutadora tentou justificar que seria legal passar o fds em Miami (!?!).
3)Essa não seria uma vida um tanto quanto solitária? Ok, foi BEM explicado que esta empresa dá ampla liberdade para o profissional dirigir a carreira da forma que ele entender ser ideal (e o espaço do mestrado?), que eles deixam a gestante ficar "part-time" (expressões deles) depois da licença maternidade, que você pode atrasar um ano para entrar na empresa depois de ter sido chamado para trabalhar lá... Por isso, a vida solitária talvez seja apenas uma questão de opção da pessoa e não imposição da empresa.
4)Aqui é talvez o ponto mais importante de todos. Será que eu quero mesmo largar a minha faculdade toda para trás a fim de fazer algo totalmente novo? A recrutadora até disse que são somatórias, mas eu realmente acredito que, uma vez que a pessoa entra nesse mundo, dificilmente ela sai dele e conseguiria trabalhar em "escritórios normais de advocacia".
Enfim, vou acabar por aqui. Mas aqui ficam algumas reflexões.
OBS. Não vou citar nomes de nenhum lugar, pois não quero me comprometer. Mas quem esta procurando trabalho possivelmente sabe de quais empresas estou falando.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
DIA 01 - Salário X Tempo de Trabalho
Bom, assim como eu havia falado anteriormente, resolvi colocar em palavras tudo o que tem acontecido em minha vida profissional, em especial os principais determinados pontos que me afligem.
Queria falar agora sobre a questão: "Salário X Tempo de trabalho".
Sei que estes números são extremamente relativos, em especial conforme a carreira que cada pessoa escolhe. Vejo amigxs que optaram por fazer faculdades diferentes da minha e alguns delxs ganham muito mais, outros muito menos. Honestamente, dentro do próprio direito, eu já consigo ver isso com clareza. A área empresarial certamente é uma daquelas áreas que mais dá dinheiro. Mas como eu não gosto disso, já descartei essa área logo de cara.
Agora, há algo que se deve ter em mente: a desvalorização do profissional. Claro que nem todos fazem faculdades boas, mas o mínimo de se esperar de alguém que te contrata é que te pague o mínimo razoável. Em outras palavras, um advogado jr., por exemplo, pode não se sustentar, mas tem condições de arcar com custos básicos (claro que esses custos variam conforme a pessoa).
Me lembro muito bem que na época de estágio, eu achava que estava certo aquele blá blá blá de que o estagiário pode não estar ganhando muito, mas em contrapartida ele ganha muito em conhecimento e não trabalha tantas horas. Eu penso o seguinte: NAQUELA ÉPOCA NOS TÍNHAMOS AULA TODO DIA. Agora não. Então chega. Ou paga o mínimo, ou nem me espera lá para fazer a entrevista.
E pior que isso. Perdi a conta de quantos escritórios que te fazem ficar mais de 12 horas por dia lá. Me perdoem aqueles que concordam que advogados recém formados devem trabalhar em demasia, mas para mim isso tem um nome: ESCRAVIDÃO.
Quem consegue produzir nessas condições? Trabalha muito, ganha pouco... E a qualidade de vida cai lá para o chão. Porque, né? Parece que somos mais um. Se vc não quer, certamente tem quem queira.
Pior foi ler essa semana sobre uma oportunidade de emprego para um bacharel de direito que fosse formado por ao menos 1 ano e SEM OAB. Calma, calma. Desde que me formei, sempre entendi que era essencial ter a OAB e agora me vem essa? Cadê a valorização do profissional?
Daí tem sempre o papel dos pais, que geralmente querem sempre o melhor para vc. E te perguntam sobre as oportunidades quando vc percebe cada vez mais o quanto elas são poucas.
Enfim, fica aqui o meu desabafo. Talvez ele tenha sido em vão... Talvez ninguém vá ler ele. Mas pelo menos segue aqui o desabafo de alguém que esta cansada demais para discutir sobre isso com alguém.
PS- CHEGA DAQUELA HISTÓRIA DE SALÁRIO NA MÉDIA. ALGUÉM FEZ ALGUMA PESQUISA PARA SABER QUAL É A MÉDIA DE ESTAGIÁRIOS E ADVS JR? SEI DE UMA QUE FIZERAM, MAS DUVIDO (E MUITO) QUE TODOS OS RECRUTADORES TENHAM LIGADO AQUELA BAGAÇA.ENTÃO, HONESTAMENTE, SALÁRIO NA MÉDIA, AO MEU VER,É O MESMO QUE DIZER SALÁRIO BAIXO, MAS COM MEDO DE QUE ISSO VENHA IMPEDIR QUE OUTRAS PESSOAS VENHAM TRABALHAR EM DETERMINADO LUGAR.
Acho que agora estou vivendo o período mais difícil da minha vida profissional. O momento em que tenho que decidir o que quero fazer da minha vida. Qual área seguir, que tipo de carreira quero ter.
Faço e faço entrevistas, alguns escritórios me chamam, outros não, mas o que ponto é que não me identifico com nenhum deles. Sempre reclamei da vida de advogado em escritório enquanto ainda estagiava... E agora me pergunto: É isso mesmo que quero da minha vida? Fazer algo que eu sempre reclamei simplesmente em razão da segurança que isto dá?
Acho que a resposta para mim é um tanto quanto óbvia: NÃO!
Mas o que fazer então? Qual rumo tomar? Não sei.
Resolvi iniciar esse blog para contar um pouco da minha experiência, na expectativa que em futuro breve eu venha efetivamente decidir o que quero fazer e que isso seja fonte de inspiração para outras pessoas que eventualmente estejam na mesma situação que me encontro hoje em dia.
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