Me lembro que certa vez, quando era menor, uma amiga da minha mãe disse que era para aproveitar aquela fase, pois era bom ser criança. Naquele momento eu não tinha entendido exatamente o que ela quis dizer com aquilo, mas hoje faz total sentido.
Hoje eu vejo que me sinto como o Neo do Matrix. Tomei uma pílula e acordei no mundo real... No mundo em que as pessoas não se importam com as outras e, quando possível, fazem o possível para jogar elas no chão.
Pediram que eu fosse honestas no local aonde eu trabalhava. Pediram para eu falar quando não tivesse com o que trabalhar e pudesse ajudar em outra coisa. E, ingenuamente, o fiz. Pedia trabalho (e eu nunca fiz isso em nenhum outro lugar). Contudo, na última sexta-feira, me disseram que se sentiam desconfortáveis em me dar trabalho e que não confiavam no meu serviço. Disseram que quando eu pedia trabalho, ele se sentiam piores. Disseram que eu só ia falar com eles para marcar presença, porque de fato eu não tinha nada para fazer.
Contudo, se eu não tinha nada para fazer, é porque nunca me repassavam atividade. E não apenas isso: nunca fizeram o menor esforço em me passar qualquer coisa, muito embora o combinado fosse que quando a empresa X saísse do escritório, eles ao menos iriam tentar me encaixar com o cliente Y.
E ainda tiveram a cara de pau de dizer que eu sou muito qualificada para o trabalho que eu estava fazendo. Pera aí. Quem pode falar se eu sou demasiadamente qualificada para fazer essas determinadas atividades SOU EU. Se eu quero me subestimar, QUEM SOFRERÁ AS CONSEQUÊNCIAS SOU EU.
Se eu sou a única capacitada a falar inglês, EU DEVERIA CONTINUAR LÁ.
Não adianta usar o argumento reverso para tirar a sua dose de culpa.
Mas sabe, crescer também tem o seu lado bom. Agora eu sei quem eu não vou querer ser com os outros.
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